segunda-feira, 6 de março de 2017

QUE CONTINUE O PLANEJAMENTO

O Cruzeiro já iniciou uma série de 10 jogos em 32 dias. Dois jogos depois, oito jogos em sequência, sem uma semana inteira para descansar. Jogos pelo Campeonato Mineiro, Primeira Liga, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana. Não vai ser moleza. E, diante desse cenário, Mano Menezes terá que "quebrar a cabeça" para por em campo uma equipe com a possibilidade mínima de lesão. Ou seja, passar a estudar o adversário ainda mais a fim de ter os jogadores mais adequados em campo. 
O primeiro desafio será o Murici, time que fez questão de bater o pé para jogar em seu estádio, cujo gramado mais se assemelha a um pasto. Foi isso que vários jogadores do América-MG, time eliminado na fase anterior da Copa do Brasil, saíram esbravejando. Disseram que era um absurdo jogar lá e por aí vai. Ontem, o atacante Rafael Sóbis deu uma alfinetada na CBF, que anteriormente tinha marcado o jogo para o estádio Rei Pelé, mas aceitou a reclamação do Murici, trocando o campo para um estádio mais acanhado e que o time alagoano manda seus jogos: "Dona CBF, né? Poderia ser em um campo melhor. A gente já tem informações que é algo meio desumano para o futebol atual. Mas paciência, o time deles não tem culpa, porque eles trabalham com um orçamento menor".
Se o torcedor cruzeirense pensa que o gramado do estádio do América-TO era ruim, quarta-feira, às 21h45, vai ver algo bem pior. E essa é a tônica desse início de ano. Pelo Campeonato Mineiro tem muito estádio ruim, com uma grama que mais se assemelha a pasto. É o caso do Nasrri Mattas, em Teófilo Otoni; é o caso do José Gomes da Costa, em Murici; e é também de outros clubes, que com orçamentos pequenos, não cuidam do palco principal de suas atividades.
E o que fazer? Se planejar. Por exemplo, pondo em campo jogadores que se adequam mais a um tipo de estádio. De que adianta por um atleta técnico, como Lucas Silva, em um estádio tão ruim, onde a bola não rola, mas quica? Difícil o passe, o lançamento longo. Talvez valha a pena escalar, além de observar o adversário, o gramado a que se está sujeito. Não seria absurdo, para esse jogo diante do Murici, vermos em campo uma zaga com Caicedo e Manoel; um meio com Hudson e Romero; e um ataque com Ábila. São jogadores mais vigorosos, que se adaptam mais facilmente a este tipo de situação. Além do que, o Cruzeiro não perderia muito em qualidade técnica. Mas como quem escala é o Mano...
Vamos ver o que ele pensa para por em campo. É uma sequência grande, desgastante, de deslocamentos distantes. Até também por isso, a tendência é que já na quarta-feira outra mudança tática e de jogadores ocorra. Que continue o planejamento. Mano tem feito correto ao mudar o time, ao poupar alguns atletas e usá-los na hora certa.
Próximos jogos do Cruzeiro:
8/3       Copa do Brasil Murici-AL (F)
12/2     Mineiro            América (F)
15/3     Copa do Brasil Murici-AL (C)
19/3     Mineiro           Tombense (C)
22/3    Primeira Liga    Joinville (F)
26/3     Mineiro           Uberlância (F)
1º/4      Mineiro            Atlético (C)
4/4    Sul-Americana    Nacional-PAR (C)

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