POR: JOÃO VITOR VIANA
Em 2003, o então técnico do Cruzeiro, Vanderlei Luxemburgo, disse que o time que está na ponta necessita de ter sempre uma "gordura" para queimar na hora certa e manter-se no topo. Seguindo essa lógica, o Cruzeiro fez a gordura, diminuída na derrota para o São Paulo, mas voltou a ter a mesma diferença (7 pontos) e, agora, já garante, ao menos, duas rodadas a mais na liderança do Brasileiro.
Para se ter uma ideia, é como se o campeonato, para o Cruzeiro, tivesse duas rodadas a menos. E quanto maior a diferença para o segundo colocado, mais rápido poderemos gritar "campeão". Logicamente com os pés no chão, vamos galgando isso pouco a pouco. Contra o Furacão provamos que não nos abalamos com as falácias que circularam na boca de inescrupulosos jornalistas paulistas. O time que eles "protegem", diferentemente, pareceu estar num salto do tamanho da língua dos especialistas do futebol. Perderam pela imposição do Coxa e pela falta de categoria de seus "craques".
E outra: lá o clima tá que esquenta nos bastidores. Aqui, tudo azul, literalmente. Diretor se dá bem com presidente, que se dá bem com os jogadores, que tem o salário em dia e uma torcida que apoia. Lá, parece que a "birita" está afetando o "tico e o teco" do ex e atual presidentes. Se isso reflete em campo, não sei. Mas de certa forma, com certeza não ajuda.
Por lá lamentam a ausência de Kaká e de Rogério Ceni. Aqui, também temos nossos desfalques. Mas como temos uma qualidade maior no banco, pouco reconhecida pelos dirigentes rivais, a gente oscila menos.
Bom, estamos em um momento muito bom e temos que, a cada rodada, buscar aumentar a diferença. Queremos ser campeões, de preferência com uma antecipação recorde. Ganhar logo esse "trem", porque o Trem Azul não tende a descarrilar.
Já a língua da imprensa e dos dirigentes do São Paulo... "já tá pra mais de metro sô".
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