quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Juiz joga



É difícil comentar uma partida de futebol quando a arbitragem se torna protagonista do jogo. O Cruzeiro foi muito guerreiro em campo, e com dois jogadores a menos na maior parte do jogo, conseguiu atuar de igual para igual e se não fosse a atuação catastrófica do Juiz, sairíamos da Argentina com um grande resultado.

Logo aos dois minutos de jogo, em um lance ríspido, mas não desleal, o senhor Martín Vasquéz expulsou o meia Gilberto que mirava unicamente a bola. Depois, aos 36 minutos do primeiro tempo, houve a expulsão correta do zagueiro Gil, que a meu ver falhou também no lance do primeiro gol. Entretanto, a falta de critério e coerência do arbitro foi sem dúvida nenhuma o fator determinante para a derrota. O time argentino abriu a caixa de ferramentas e distribuiu bordoadas para todos os lados. Houve tapa na cara do Thiago Ribeiro, rodízio de faltas no Kleber, que também recebeu um chute quando estava caído em lance que acontece em frente ao arbitro, e mesmo assim nenhum jogador recebeu o cartão vermelho.

Na segunda etapa, apesar de jogar com dois a menos, o Cruzeiro enfrentou o campeão do Clausura argentino com muita raça e o sistema defensivo funcionou muito bem. Adilson acertou a marcação principalmente nas laterais do campo, e o ímpeto do Velez foi se tornando cada vez mais tímido para um time que é considerado o melhor do futebol argentino no atual momento. O que me faz concordar com o atacante Wellington Paulista, que em situação contrária, o Velez teria tomado uma goleada, e 11 contra 11 o time brasileiro teria grandes chances de arrancar uma vitória.

O que nos deixa mais tristes é que alem da derrota, o juiz Martín Vazquéz (guarde bem este nome) não será punido pela sua bisonha atuação. Pois, como já sabemos, a Conmebol é uma instituição que atua de forma nebulosa, principalmente quando se trata de Argentinos e Uruguaios. Vale lembrar que o presidente da AFA (Associação de Futebol da Argentino), o senhor Júlio Grondona, é quem preside a Conmebol e apesar do Velez não ser nenhum bicho papão, vão querer arrumar uma classificação para o clube que completará 100 anos nesta temporada.

No mais, novamente a minha constatação de que a zaga precisa de contratações, e caso elas não ocorram, que a dupla seja Leonardo Silva/Caçapa. Um jogador mais experiente e que comete menos erros que Gil e Thiago Heleno (que não consegue cortar um cruzamento simples como no lance do segundo gol).

No dia 24 de Fevereiro a Libertadores volta aos gramados mineiros, o Cruzeiro desafia seu eterno freguês, o Colo-colo do Chile, e uma vitória é essencial para as pretensões Celestes. Posso até queimar minha língua, mas depois do que vi do Velez ontem, não considero mais este grupo como o da morte, a não ser que haja novamente influências externas tão bizarras quanto da quarta feira.

Um grande abraço e felicidades aos Cruzeirenses Marcos Rogério e Trindade que festejaram seus aniversários ontem.

Cruzeiro, o guerreiro dos gramados.




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