quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Troca de farpas: Galo contratando e Cruzeiro não

Por: João Vitor Viana

O comentário entre os torcedores é o seguinte: o Atlético está na frente do Cruzeiro porque está contratando mais, está investindo mais. Esses comentários, porém, não abalam o presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella. Hoje ele declarou que vai contratar com calma, reforçando o time onde precisar.

Porém, entre torcedores a conversa é outra. "Já contratamos um zagueiro da seleção equatoriana, um lateral que já teve sucesso com o Luxemburgo, um meia que foi muito bem no Brasileiro e estamos fechando com mais uns três ou quatro. Além disso, contratamos o Luxemburgo, o melhor técnico do Brasil", dizem alguns. Do lado cruzeirense, apenas duas contratações sem impacto: Pedro Ken e Anderson Lessa.

Mas, historicamente, contratar demais não é lá uma grande virtude. Na maioria das vezes, quem contrata muito, se perde dentro do próprio elenco. E muitos dos times que são rebaixados à Série B, contrataram, no ano, cerca de 20, 30 jogadores. O próprio Galo é um exemplo disso. Porém, contratar pouco também não é muito bom. Ainda mais quando se disputa uma Copa Libertadores. Não é todo dia que é possível disputar uma competição de tao grande escalão. Por isso é necessário ter um time forte, que não se abale e que possa chegar à final e vencer.

E no Cruzeiro ainda faltam jogadores de decisão. Não será Pedro Ken e Anderson Lessa que serão esses jogadores. Pelo menos, não parece até agora que poderão fazer essa diferença. O Cruzeiro não tem hoje um cobrador de faltas, não tem um jogador que cadencie o jogo, um jogador que bata no peito, peça a bola e diga "deixa que eu decido". É esse jogador que falta. É um jogador da qualidade do Marcelinho Paraíba, do Alex, do Deivid, do Edu Dracena, do Roberto Carlos, do Ronaldo. Jogadores que na hora do aperto se destaquem. Não meros aventureiros.

Contratar muito como o rival está fazendo pode até dar resultado, mas não queria ver esses reforços do lado de cá da Lagoa da Pampulha. Talvez o Leandro, um bom jogador. No mais, nenhum outro. E isso não é dor de cotovelo não. Pedir jogador renomado não é denegrir, é querer voltar a ser o melhor time da América. E, para o melhor time brasileiro do século XX, isso não está longe. Basta dar a tacada certa. Três nomes de renome e os títulos não estarão longe.

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