quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Foi-se o trágico e veio a tragédia

Por: João Vitor Viana

No dia que os torcedores poderiam comemorar a venda do “craque” Gerson Magrão para a Rússia (vendindo por 2,2 milhões de euros para o Dinamo de Kiev) – onde espera-se que fique eternamente – e festejar uma vitória até certo ponto fácil, o que eles viram foi somente a lástima da lateral pegar o avião com direção ao maior país do mundo. A tão fácil vitória transformou-se na trágica nona derrota em 16 jogos disputados. Um absurdo do tamanho do mundo que teve como protagonistas negativos Kléber e Bernardo, expulsos, e Adilson Batista, outra vez omisso. Resultado: 2 a 0 para os paranaenses, gols de Marcinho e Gabriel.

O treinador do Cruzeiro aliás, depois do jogo, preferiu dizer que não quer atrapalhar o clube. “Eu sei quem são os ídolos do Cruzeiro, eu sei como as coisas acontecem no Cruzeiro. São cinco anos da minha vida como jogador e um ano e oito meses como treinador”, afirmou. Porém, o técnico depois de tanto tempo à frente do clube ainda parece desconhecer o próprio elenco. Marquinhos Paraná e Fabrício, senhor Adilson, são volantes, não armadores, e o Kléber é atacante, não meio-de-campo.

Sem sistema tático desde o início, criando alternativas mais na sorte que no trabalho das jogadas, o Cruzeiro se perdeu ainda mais quando teve os seus jogadores expulsos de campo. Do outro lado, nada a ver com isso estava um time bem armado na defesa, saindo nos contra-ataques e deixando o seu principal jogador, Paulo Baier, com a responsabilidade do jogo. E ele não titubeou. Quando acionado, distribuiu bem as bolas, cavou faltas, tocou a bola. Coisa que falta no Cruzeiro. E inexplicavelmente esse time mudou pouco em relação àquele que estava encantando os torcedores na Copa Libertadores. Mas o time se perdeu e o comando parece também ter se perdido.

Agora é hora de juntar os cacos. Por a cabeça no lugar e definir as coisas. Como disse uma vez o Fernando Vanucci, “é hora de mudar ou mudar de vez”. Uma reunião amanhã na Toca da Raposa II entre os dirigentes e o treinador do Cruzeiro poderá ser o selo de uma vida melhor. Ou para o clube, ou para o treinador ou para ambos. Se continuar no time, Adilson, não invente. Se sair, que o próximo não seja mais um Professor Pardal, que gente desse tipo não é necessária no Cruzeiro.

2 comentários:

Anônimo disse...

Cara, acho que o Adilson fica no cargo ainda, aguenta mais uns dois resultados ruins. Depois disso, só permanece se continuar a falta de opções no mercado. O primeiro "mais ou menos" que rodar, pode pegar o boné dele. Não sei se seria a solução. Até porque no contexto geral, acho q o AB ainda é a melhor opção. Só que algumas coisas tem que mudar. Cobrei muito a mudança de espirito do time, e não está acontecendo. As expulsões estão ai para mostrar que os nervos do time estão a flor da pele. O Momento não é de avaliar os melhores jogadores fisicamente, mas aqueles que estão emocionalmente menos afetados. Só assim para haver uma mudança no time e voltar a confiança. A equipe envolve o adversario, cria as oportunidades, mas não tem confiança para colocar a bola pra dentro. Em todos os jogos, o Cruzeiro cria pelo menos de 3 a 5 oportunidades claras de gol. Mas o momento é de baixo astral. Acho que seria o momento de antecipar as estreias de Gilberto e Guerrón, assim como fizeram com o Gil. Dar a vaga no time titular para o Fabinho, e evitar improvisações. O time ideal para o momento seria: Fábio, Jonathan, Gil, Leo Silva, Gilberto; Fabinho, Henrique, Paraná, Wagner; Guerron e Kleber. A questão é que o nosso meio não tem criatividade (comprovado ontem)sem o Wagner a coisa piora muito, mas, muito mais.
Abs

Jonas disse...

Concordo, o time está sem confiança. Em todos os jogos, o Cruzeiro toca bola de um lado para o outro, esperando qeu agum jogador tome a iniciativa de resolver o lance sozinho. Só que tirando o Kleber, nenhum jogador está tendo essa iniciativa. Quando a bola chega limpa na cara do gol. O cara fica sem confiança e perde. Quando o moemnto é bom. Só de encostar na bola ela já procura o gol, quando o momento é ruim, nem reza brava. Concordo também com a falta de criatividade. Não temos um meia para armar. Só o Wagner, esse Leandro Lima é uma contratação sem prazo. Contratar jogador machucado é burrice. Parece que o Cruzeiro errou feio em liberar o Domingues para o Vitória, ele está sendo considerado o melhor meia do campeonato. Poderia estar ajudando muito hoje. Falou ao treinador e a diretoria, mais tato com a situação. No mais, vamos esperar um time diferente contrao Coritiba. Preicsa mudar a postura