domingo, 2 de agosto de 2009

Apatia técnica e tática

Por: João Vitor Viana

Com mais uma atuação abaixo da crítica, motivada pela escalação equivocada e por duas expulsões - uma delas, injusta -, o Cruzeiro foi facilmente envolvido pelo Grêmio, principalmente no segundo tempo e acabou goleado pelo Grêmio por 4 a 1. A goleada foi somente construída no segundo tempo, depois do atacante Thiago Ribeiro ser expulso ao interceptar uma jogada de contra-ataque do Grêmio. O árbitro Evandro Rogério Roman interpretou como ato de agressão e expulsou o atacante do Cruzeiro. As imagens da televisão mostram que a expulsão foi equivocada. Com dois jogadores a menos, somente um time de baixa categoria poderia não aproveitar a situação. E, como o Grêmio dentro do seu campo é um adversário difícil e chato, o tempo acabou sendo favorável e os quatro gols aconteceram naturalmente.

Dominando desde o início, o Grêmio despediçou boas oportunidades de abrir o placar. O goleiro Fábio salvou o Cruzeiro de uma goleada mesmo no primeiro tempo. E o ditado do "quem não faz, leva", acabou entrando em campo e o Cruzeiro, que até então não havia finalizado nenhuma vez, acabou tendo um pênalti a seu favor, convertido por Wellington Paulista. E, o placar favorável aconteceu com o Cruzeiro já com um jogador a menos. Jonathan, aos 18min, foi expulso depois de cometer falta desqualificante. Como já tinha cartão amarelo, teve que ir para o chuveiro.

Na virada do segundo tempo, o Cruzeiro viu mais um problema acontecer: Thiago Ribeiro foi expulso depois de uma má interpretação do árbitro, prejudicando o time mineiro. Com nove em campo, o Grêmio cresceu e logo empatou, aos 12min, com Réver e virou, aos 19min, com Tcheco. O terceiro gol saiu de um cruzamento da esquerda de Jadilson, aos 31min, para Jonas cabecear no canto direito de Fábio e o gol de misericórdia veio através do atacante Maxi Lopes, que chutou no contrapé do goleiro cruzeirense, aos 42min.

Agora o Cruzeiro terá que vencer o Atlético-PR, um dos piores times do Campeonato Brasileiro até agora para diminuir a pressão em cima dos jogadores e do treinador. Depois de perder a Copa Libertadores de forma bizonha, poucas foram as partidas que o Cruzeiro jogou bem. E, mais uma vez, o técnico Adilson Batista entrou com quatro volantes no meio, dando a Marquinhos Paraná e Fabinho a responsabilidades de armadores das jogadas ofensivas, e a Gerson Magrão, a de elemento surpresa. O grande problema é que os volantes não sabem armar e a única surpresa que o Gerson Magrão pode fazer acontecer é ele jogar bem.

Nenhum comentário: